" Na natureza, nada se cria nada se perde, tudo se transforma." Lavoisier



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O sistema excretor humano

Excreção é o processo de eliminação dos resíduos do metabolismo celular, como o dióxido de carbono, a amônia,  a  uréia  e  o  ácido  úrico, principalmente.

As principais funções do sistema excretor são:
 Manutenção da concentração adequada dos principais íons (homeostase).
 Eliminação  dos  catabólitos  (uréia,  amônia, ácido úrico etc).
 Manutenção do volume corporal adequado.  Manutenção do volume corporal adequado.

2. OS PRODUTOS EXCRETADOS
Embora a água não seja uma substância tóxica, tanto o excesso como a falta podem causar prejuízos ao  equilíbrio  osmótico  da  célula.  O  mesmo  ocorre com  muitos  sais minerais.  Dependendo  do  organismo, a água é eliminada pela urina, pelo suor, pela epiderme  e pelos pulmões (na forma de vapor).
O  gás  carbônico  produzido  na  respiração  é  eliminado pelo  sistema  respiratório e  também através da epiderme de alguns organismos.
A oxidação das proteínas e dos ácidos nucléicos produz substâncias nitrogenadas que também devem ser eliminadas, com veremos a seguir.

3. AS SUBSTÂNCIAS NITROGENADAS
Os aminoácidos em excesso – provenientes da nutrição ou da degradação de proteínas na renovação das células – são desaminados e oxidados, produzin-do  um  cetoácido,  ou  seja,  um  ácido  com  um  grupo cetônico  e  amônia  ou  amoníaco.  O  cetoácido  pode ser usado na síntese de outras moléculas ou oxidado no processo respiratório.
No caso dos vegetais, o amoníaco pode ser re-aproveitado  para  a  síntese  de  novos  aminoácidos, pois possuem as enzimas necessárias a esse processo,
e  o  amoníaco  tenderia  a  se  acumular  no  organismo, tornando-se  tóxico. Alguns animais eliminam diretamente o amoníaco produzido, mas outros o  transfor-
mam em uréia ou em ácido úrico.
Embora quase todos os animais tenham na urina uma mistura de amoníaco, uréia e ácido úrico, observamos  que,  em  geral,  uma  dessas  substâncias predomina  sobre as demais. A  substância que vai  se sobrepor  depende  da  água  disponível,  tanto  na  fase adulta  do  animal  como  durante  a  vida  embrionária.
Assim, animais aquáticos podem excretar diretamente muito  soluto em água. Portanto, desde que o animal  disponha  de  água  suficiente,  poderá  eliminá-lo de forma bem diluída, sem causar danos às células. A amônia é o principal excreta da maioria dos animais aquáticos  (muitos  peixes,  invertebrados  e  larvas  de
anfíbios), que por  isso,  são  chamados de  animais a-moniotélicos.
Os demais terrestres, por outro lado, teriam de gastar muita água para excretar o amoníaco, correndo o  risco  de  desidratação. Nos  anfíbios  adultos  e  nos
mamíferos, o problema se resolve com a transformação de boa parte do amoníaco em uréia. Sendo menos tóxica, a uréia pode ser eliminada de forma mais con-
centrada, economizando, assim, uma preciosa quanti-dade de água: para eliminar a mesma quantidade de nitrogênio  na  forma  de  amônia,  seria  necessário um
volume dez vezes maior em uréia.
A transformação de amônia em uréia é feita no fígado, através de uma série de reações químicas – o ciclo da uréia ou a ornitina – em que participam da respiração.  Esta transformação  envolve  também  um gasto adicional de energia, consumida nessas reações.
Alguns  peixes  de  água  salgada,  como  o  tubarão  e  a  raia  (condrictes),  também  transformam  o  amoníaco em uréia, que é acumulada no sangue. Com
isso, eles mantêm a concentração sangüínea próximo à  da  água  do  corpo,  por  osmose,  através  das  brânquias. Convém  lembrar que a água do mar é hipotônica em relação aos líquidos dos seres aquáticos.
Animais  que  excretam  principalmente  uréia chamam-se ureotélicos.
O  embrião  dos  animais  ovíparos  e  terrestres (como é o caso da maioria dos répteis, das aves e dos insetos)  não  dispõem  de meios  para  eliminar  as  ex-cretas através da casca do ovo. Se ele produzisse uréia,  essa    substância  acabaria  por  intoxicá-lo,espalhando-se no  interior do ovo. Assim, em vez de uréia, esses animais produzem ácido úrico (são uricotélicos) que, por ser pouco solúvel na  água, pode seracumulado num compartimento separado do embrião.
Observe que esse tipo de problema não existe para oembrião dos mamíferos, que lança no sangue maternoa uréia produzida.
Mesmo na fase adulta, os animais ovíparos ter-restres continuam excretando ácido úrico, o que pos-sibilita uma boa economia de água: é necessário um  volume  cinco  vezes menor  de  água  para  excretar  a mesma  quantidade  de  nitrogênio  na  forma  de  ácido úrico do que na forma de uréia. 
Nos  insetos,  o  ácido  úrico  sai  em  forma  de “bolotas” sólidas;nos répteis e aves sai em forma pastosa junto com as fezes (é a mancha branca que pode
ser vista nas fezes das aves). Nos  répteis que passam muito  tempo na água, como os crocodilianos e os quelônios  (tartarugas), a uréia é o excreta principal.
Excreção em vertebrados Usaremos  o  sistema  excretor  humano  como modelo de estudo.

4. SISTEMA URINÁRIO HUMANO
O sistema urinário é formado pelos rins e vias urinárias.
Rins
Os  rins  são  dois  órgãos  excretores  profunda-mente  situados  no  abdômem,  na  região  lombar,  ao lado da  coluna  vertebral. A  depressão  que  existe  na
parte  côncava  do  rim  é  denominada  hilo  renal,  por onde entra a artéria  renal e saem a veia renal e o uré-ter.
Cortando-se  o  rim  longitudinalmente,  podem-se notar duas regiões: uma periférica, o córtex ou cor-tical, onde estão os corpúsculos de Malpighi ou glo-mérulos  renais;  outra,  central  ou  medular,  que corresponde ao conjunto dos  túbulos coletores de urina que partem dos glomérulos. Os túbulos coletores de urina se reúnem em feixes, formando as pirâmides de Malpighi ou pirâmides renais.
Cada  rim  possui  um milhão  de  unidades  funcionais,  denominadas  néfrons. Cada  néfron  consiste na cápsula de Bowman, que envolve o glomérulo de Malpighi  (novelos  capilares  sangüíneos). A  cápsula de Bowman continua pelo túbulo contornado (ou envelado)  proximal,  pela  alça  de  Henle,  que  tem  um ramo descendente  e um  ramo  ascendente,  e pelo  túbulo contornado distal, que desemboca no tubo cole-
tor. Os vários  tubos coletores desembocam na pelve  do rim (bacinete), da qual parte o ureter que se dirige para a bexiga urinária.

Refencia: http://www.supletivounicanto.com.br/docs/cd/Biologia/2%B0%20ano/02-sistema%20excretor.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário