As principais funções do sistema excretor são:
Manutenção da concentração adequada dos principais íons (homeostase).
Eliminação dos catabólitos (uréia, amônia, ácido úrico etc).
Manutenção do volume corporal adequado. Manutenção do volume corporal adequado.
2. OS PRODUTOS EXCRETADOS
Embora a água não seja uma substância tóxica, tanto o excesso como a falta podem causar prejuízos ao equilíbrio osmótico da célula. O mesmo ocorre com muitos sais minerais. Dependendo do organismo, a água é eliminada pela urina, pelo suor, pela epiderme e pelos pulmões (na forma de vapor).
O gás carbônico produzido na respiração é eliminado pelo sistema respiratório e também através da epiderme de alguns organismos.
A oxidação das proteínas e dos ácidos nucléicos produz substâncias nitrogenadas que também devem ser eliminadas, com veremos a seguir.
3. AS SUBSTÂNCIAS NITROGENADAS
Os aminoácidos em excesso – provenientes da nutrição ou da degradação de proteínas na renovação das células – são desaminados e oxidados, produzin-do um cetoácido, ou seja, um ácido com um grupo cetônico e amônia ou amoníaco. O cetoácido pode ser usado na síntese de outras moléculas ou oxidado no processo respiratório.
No caso dos vegetais, o amoníaco pode ser re-aproveitado para a síntese de novos aminoácidos, pois possuem as enzimas necessárias a esse processo,
e o amoníaco tenderia a se acumular no organismo, tornando-se tóxico. Alguns animais eliminam diretamente o amoníaco produzido, mas outros o transfor-
mam em uréia ou em ácido úrico.
Embora quase todos os animais tenham na urina uma mistura de amoníaco, uréia e ácido úrico, observamos que, em geral, uma dessas substâncias predomina sobre as demais. A substância que vai se sobrepor depende da água disponível, tanto na fase adulta do animal como durante a vida embrionária.
Assim, animais aquáticos podem excretar diretamente muito soluto em água. Portanto, desde que o animal disponha de água suficiente, poderá eliminá-lo de forma bem diluída, sem causar danos às células. A amônia é o principal excreta da maioria dos animais aquáticos (muitos peixes, invertebrados e larvas de
anfíbios), que por isso, são chamados de animais a-moniotélicos.
Os demais terrestres, por outro lado, teriam de gastar muita água para excretar o amoníaco, correndo o risco de desidratação. Nos anfíbios adultos e nos
mamíferos, o problema se resolve com a transformação de boa parte do amoníaco
centrada, economizando, assim, uma preciosa quanti-dade de água: para eliminar a mesma quantidade de nitrogênio na forma de amônia, seria necessário um
volume dez vezes maior em uréia.
A transformação de amônia em uréia é feita no fígado, através de uma série de reações químicas – o ciclo da uréia ou a ornitina – em que participam da respiração. Esta transformação envolve também um gasto adicional de energia, consumida nessas reações.
Alguns peixes de água salgada, como o tubarão e a raia (condrictes), também transformam o amoníaco em uréia, que é acumulada no sangue. Com
isso, eles mantêm a concentração sangüínea próximo à da água do corpo, por osmose, através das brânquias. Convém lembrar que a água do mar é hipotônica em relação aos líquidos dos seres aquáticos.
Animais que excretam principalmente uréia chamam-se ureotélicos.
O embrião dos animais ovíparos e terrestres (como é o caso da maioria dos répteis, das aves e dos insetos) não dispõem de meios para eliminar as ex-cretas através da casca do ovo. Se ele produzisse uréia, essa substância acabaria por intoxicá-lo,espalhando-se no interior do ovo. Assim, em vez de uréia, esses animais produzem ácido úrico (são uricotélicos) que, por ser pouco solúvel na água, pode seracumulado num compartimento separado do embrião.
Observe que esse tipo de problema não existe para oembrião dos mamíferos, que lança no sangue maternoa uréia produzida.
Mesmo na fase adulta, os animais ovíparos ter-restres continuam excretando ácido úrico, o que pos-sibilita uma boa economia de água: é necessário um volume cinco vezes menor de água para excretar a mesma quantidade de nitrogênio na forma de ácido úrico do que na forma de uréia.
Nos insetos, o ácido úrico sai em forma de “bolotas” sólidas;nos répteis e aves sai em forma pastosa junto com as fezes (é a mancha branca que pode
ser vista nas fezes das aves). Nos répteis que passam muito tempo na água, como os crocodilianos e os quelônios (tartarugas), a uréia é o excreta principal.
Excreção
4. SISTEMA URINÁRIO HUMANO
O sistema urinário é formado pelos rins e vias urinárias.
Rins
Os rins são dois órgãos excretores profunda-mente situados no abdômem, na região lombar, ao lado da coluna vertebral. A depressão que existe na
parte côncava do rim é denominada hilo renal, por onde entra a artéria renal e saem a veia renal e o uré-ter.
Cortando-se o rim longitudinalmente, podem-se notar duas regiões: uma periférica, o córtex ou cor-tical, onde estão os corpúsculos de Malpighi ou glo-mérulos renais; outra, central ou medular, que corresponde ao conjunto dos túbulos coletores de urina que partem dos glomérulos. Os túbulos coletores de urina se reúnem em feixes, formando as pirâmides de Malpighi ou pirâmides renais.
Cada rim possui um milhão de unidades funcionais, denominadas néfrons. Cada néfron consiste na cápsula de Bowman, que envolve o glomérulo de Malpighi (novelos capilares sangüíneos). A cápsula de Bowman continua pelo túbulo contornado (ou envelado) proximal, pela alça de Henle, que tem um ramo descendente e um ramo ascendente, e pelo túbulo contornado distal, que desemboca no tubo cole-
tor. Os vários tubos coletores desembocam na pelve do rim (bacinete), da qual parte o ureter que se dirige para a bexiga urinária.
Refencia: http://www.supletivounicanto.com.br/docs/cd/Biologia/2%B0%20ano/02-sistema%20excretor.pdf
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